Nenhum médico escolheu vir trabalhar para Azambuja no último concurso para a colocação de profissionais. A novidade foi dada pela vereadora com o pelouro da Saúde, Ana Coelho, na última reunião de câmara, realizada na última semana. Para piorar a situação, o coordenador do Centro de Saúde de Azambuja pediu mobilidade, tendo sido esta aceite pela Administração Regional de Saúde (ARSLVT).

“Não percebo como é que num concelho onde há défice de médicos, estas mobilidades são aprovadas”, lamentou a vereadora. O último concurso aberto pelo Governo disponibilizou 66 vagas para especialistas de Medicina Geral e Familiar para a região de Lisboa e Vale do Tejo, num total de 235 vagas, onde cinco eram para o concelho de Azambuja, tendo ficado sem interessados.

Entretanto, na semana passada, a autarquia tornou público um comunicado no qual afirma estar empenhada em trazer soluções. Recorde-se que a Câmara de Azambuja está a trabalhar na criação de um regulamento de apoio à fixação de médicos no concelho, que será discutido em breve em Assembleia Municipal. “O documento definirá um conjunto de incentivos com os quais se pretende atrair mais profissionais e reverter a gritante falta de médicos de família”, pode ler-se nessa nota, também enviada aos órgãos de comunicação social.

A vacinação contra a Covid-19 no concelho de Azambuja está, desde o dia 13 de janeiro, a funcionar no Centro de Saúde de Azambuja, de segunda a domingo. Recorde-se que a ocupação do Pavilhão Municipal com o processo de vacinação estava a afetar os alunos da Escola Secundária de Azambuja, que não tinham espaço para a realização das aulas de Educação Física.

No entanto, a falta de médicos para acompanhar o processo de vacinação naquele espaço também foi um dos motivos para a transferência da vacinação para o Centro de Saúde. No início do mês, o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, chegou a admitir ao Correio de Azambuja que era intenção da autarquia transferir o Centro de Vacinação para o antigo edifício da EPAC, o que não se verificou devido a questões logísticas e à necessidade de se realizar obras no espaço.