Os vereadores do PSD e Chega na Câmara de Azambuja defendem um aumento dos apoios transferidos pela autarquia às Equipas de Intervenção Permanente que atuam no concelho. 

Neste sentido, na reunião de câmara que se realizou no passado dia 17, foram votadas três propostas que envolvem as corporações dos Bombeiros de Alcoentre, Bombeiros de Azambuja e Cruz Vermelha de Aveiras de Cima. No entender da vereadora do Chega, Inês Louro, “este aumento é de 3780 euros anuais, o que equivale a 315 euros por mês, distribuídos por sete operacionais”, o que equivale a um valor de 45 euros para cada operacional.

Neste sentido, a vereadora considera que este valor proposto pela Câmara de Azambuja é insuficiente para fazer face ao aumento do Salário Mínimo Nacional, recordando que este sofreu um aumento de 40 euros entre 2019 e 2023, assim como aos efeitos da inflação, acrescentando ainda que esta verba não complementa os subsídios de Férias e de Natal.

Por sua vez, o vereador do PSD, Rui Corça, partilhou da mesma opinião que a autarca do Chega, propondo uma revisão dos valores atribuídos anualmente às corporações de socorro do concelho. Contudo, o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, considerou também que estes valores são baixos, mas que, atualmente, “é o que conseguimos dar no momento”. 

Nesta sessão, as propostas destinadas aos Bombeiros de Alcoentre e Cruz Vermelha de Aveiras foram aprovadas com os votos contra dos vereadores do PSD e do Chega, sendo que a proposta para a alteração aos protocolos estabelecidos com a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Azambuja foram rejeitadas na mesma reunião, também com os votos contra do PSD e do Chega. 

Contudo, estas foram novamente discutidas em reunião extraordinária que se realizou na passada segunda-feira, dia 23 de janeiro, sendo que a proposta referente à alteração ao protocolo com os Bombeiros de Azambuja para a criação de um Grupo de Intervenção Permanente (GIP)  foi aprovada com os votos contra dos vereadores do PSD e Chega, que se ausentaram da sala no momento da votação. 

Por outro lado, a proposta de alteração do protocolo estabelecido com a mesma corporação no âmbito da Central Municipal de Operações de Socorro (CMOS) foi retirada. 

Nesta última sessão, o vereador do PSD Rui Corça sugeriu que amba as propostas fossem retiradas, com vista a que a autarquia se reúna com todas as corporações do concelho para que os valores sejam revistos. No entanto, Silvino Lúcio recusou retirar as propostas, mas abriu a porta a uma possível reunião com todas as corporações brevemente. 

PSD pede retirada do pelouro da Proteção Civil à vereadora Ana Coelho

Os vereadores António José Matos e Ana Coelho foram impedidos de votar as propostas referentes aos Bombeiros de Azambuja, uma vez que, no caso do vice-presidente, o motivo prende-se pelo facto de este pertencer aos corpos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros de Azambuja. 

Já no caso da vereadora, e conforme avançou o presidente da Câmara Municipal, Silvino Lúcio, no decorrer desta sessão, o motivo prende-se pelo facto de esta “se encontrar a viver maritalmente” com o comandante dos Bombeiros de Azambuja, Ricardo Correia.

Desta forma, e após a explicação dada pelo autarca, Rui Corça, vereador do PSD, solicitou que o pelouro da Proteção Civil fosse retirado imediatamente a Ana Coelho, uma vez que está em causa o “conflito de interesses e a segregação de funções”.

Contudo, esta ideia foi rejeitada por Silvino Lúcio, acrescentando que é ele “o responsável máximo pela Proteção Civil no concelho”, e não a vereadora com esse pelouro, rejeitando a existência de um alegado conflito de interesses.

Por sua vez, o vereador do PSD não ficou satisfeito com a explicação dada pelo presidente da Câmara de Azambuja, e acrescentou que vai pedir à Direção Geral das Autarquias Locais (DGAL) que analise a questão, dada a sua “incompatibilidade”.