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Vivemos um tempo tão complicado quanto desafiante.
Mas são estes momentos que marcam famílias e nações por gestos que fazem diferença. Em plena pandemia, há aqueles abnegados profissionais como os da Saúde, os bombeiros, os polícias, os carteiros ou os distribuidores que se estão a tornar autênticos heróis e aqui estamos tamos sem querer a esquecer os motoristas ou os operadores e repositores de supermercados entre tantas outras profissões. Mas profissões há, que não deixam de nos surpreender nestes tempos difíceis . Esta é uma pequena história de uma jovem designer de Moda, em Aveiras de Cima, estamos a falar da Madalena.
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A trabalhar desde há muito na alta costura ou na moda quotidiana, perante o estado de emergência que “lhe fechou as portas”, “recusa-se a entrar em lay-off” . Foi então que com sua mãe Júlia e com gente em” trabalho remoto”, decidiram começar a fabricar máscaras de proteção ( ainda a Direção Geral de Saúde o desaconselhava), num gesto que teve o agradecimento imediato dos vizinhos, da PSP e GNR do Cartaxo, mas também dos Bombeiros e da Proteção Civil de Azambuja. Os olhos brilham quando Madalena Toscany, nos diz que conseguiu arranjar “TNT” (tecido não tecido) e que tem a sua própria casa virada do avesso para produzir e fazer o Bem.
Sua mãe, Júlia, também está feliz pois quem precisar, também pode contar com ela. E assim, daquelas primeiras máscaras feitas com restos de tecidos lá do atelier de Aveiras de Cima, mas que são reutilizáveis, entrou-se já nas máscaras mais modernas de TNT.
Próximo desafio, fazer máscaras para S. Tomé e depois? Depois, é esperar que a crise passe, mas que ninguém infete ninguém, ou seja infetado por falta de uma máscara que em breve vai ser recomendada pela OMS, Organização Mundial de Saúde.
Entretanto, estes “anjos da guarda” dos tempos modernos, já salvaram sem saber algumas centenas de vidas. Obrigado Madalena e Júlia
Texto Paulo Ferreira de Melo
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