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Esta família da Azambuja vai ficar sem abrigo no final de Janeiro e criou um crowdfunding para se tentar salvar

A primeira coisa que as pessoas vêm é o montante e pensam que, como sou jovem, posso ir trabalhar e isto é um esquema”. Este é o desabafo de João Leal que, “sem alternativas”, começou um crowdfunding através da GoFundMe para tentar impedir que a família vá morar na rua no final de Janeiro.

A residir nos Casais do Farol, na Azambuja, João, a sua irmã, Liliana, e a sua mãe, Marta Romão, enfrentam severas dificuldades. Como pode ler-se no texto da sua campanha, tanto a mãe como João estão impedidos de trabalhar por motivos de saúde e “já vai para vários meses que não conseguimos pagar a renda.”

Sei que parece mentira, mas é a nossa história”, diz João, ao revelar que tanto ele como a mãe enfrentam uma depressão e têm inúmeros problemas de saúde que os impedem de trabalhar. “Sofro de depressão há 20 anos, desde o suicídio do meu pai. Sempre trabalhei para ajudar a minha mãe e a minha irmã, mas lesionei-me a trabalhar e o seguro agora não quer cobrir”, explica.

Procuraram apoio junto dos seus serviços camarários e do serviço social, mas, revela João, “já gastámos mais dinheiro a obter papéis do que o dinheiro que nos dão por mês para comer, que são 30€.” A resposta, escreve Marta Romão, “é sempre que não têm casas de momento e têm outras pessoas à minha frente”.

Eu e o meu filho criámos este GoFundMe para tentar com ajuda, caso possível, resolver a nossa situação complicada de vida”, explica, revelando que o objectivo “é sairmos do buraco financeiro em que estamos, conseguirmos arranjar casa e se possível um carro e também para que consigamos arranjar forma de nos sustentarmos sem dificuldades no futuro sem termos de pedir ajuda.”

O maior receio de ambos é o que vai acontecer a Liliana, de 14 anos. O pai, escreve Marta Romão, é violento e “as agressões aconteciam todos os dias físicas ou verbais, aguentei por vergonha por medo não sei, mas um dia disse basta e retirei a pessoa da minha casa, da minha vida é mais complicado porque temos uma filha em comum, embora a pessoa raramente procure a filha.”

João diz que “nunca pensou” encontrar-se nesta situação e que “quase pior do que isto” é a desconfiança com a sua campanha tem sido recebida. “As pessoas não lêem o texto até ao fim e acham, como sou novo, que posso ir trabalhar e que isto é tudo um esquema. Mas a verdade é que hoje somos nós, amanhã pode acontecer a qualquer outra pessoa.” 

Conheça a campanha desta família da Azambuja em:

https://pt.gf.me/v/c/krzm/sick-mother-crippled-son-and-teenage-daughter

Nota da redação:

O Correio de Azambuja, na busca da melhor Informação, veio a verificar que está família é oriunda do concelho de Benavente, onde tem parentes. Veio há cerca de um ano para Vale do Paraíso e de seguida, mudou-se para os Casais do Farol . Apuramos ainda que poderia estar a ter mais apoios se tivesse já alterado a morada de residência, coisa que há meses não fizeram. Os serviços municipais, estão a acompanhar a situação e rejeitam que tenha sido feita qualquer despesa (conforme texto acima).

O Correio de Azambuja, sabe que apenas é necessária a presença no PAC, Posto de Atendimento ao Cidadão, para que mais apoios se possam concretizar.

Assim deixamos nas mãos dos nossos leitores, a decisão de contribuir monetáriamente para esta família.