
António José Matos, vice-presidente da câmara de Azambuja, (PS) já reagiu ao comunicado do partido CHEGA, sobre Nininho Vaz Maia: “
“Relativamente ao comunicado emitido pela concelhia do partido CHEGA, gostaria de começar por expressar o meu total desacordo com o conteúdo apresentado, pois este em nada reflete os valores da nossa autarquia, a nossa formação moral ou a forma como nos posicionamos e encaramos a vida pública.
Lamento profundamente que se recorra a generalizações e discursos que sugerem preconceitos sobre partidos políticos, valores cristãos, ou até atividades culturais e desportivas, como se estas fossem menos dignas ou significativas.
A nossa posição, enquanto representantes dos cidadãos, é a de exaltar as tradições, a cultura e o esforço coletivo, promovendo sempre a dignidade de todas as pessoas, sem exceções.(…) O respeito pela diversidade e pela liberdade individual deve ser central em qualquer democracia. Apelo, portanto, para que não se recorra a julgamentos públicos que podem prejudicar indevidamente a honra e a reputação das pessoas, especialmente quando não existem quaisquer provas ou decisões judiciais definitivas que as condenem. Gostaria ainda de destacar o seguinte: antes de apontar o dedo, é importante refletirmos sobre os nossos próprios atos. Quantos membros do partido CHEGA ou de outros partidos políticos já enfrentaram situações difíceis ou foram alvo de julgamentos precipitados na praça pública? .Além disso, gostaria de esclarecer a questão levantada em relação às festividades locais e à escolha do artista Nininho Vaz Maia como cabeça de cartaz das festas de Azambuja. Este artista foi escolhido com base no reconhecimento do seu talento e no impacto cultural positivo que trará às festividades. Não nos cabe julgar aspetos pessoais ou de saúde de qualquer artista, mas sim valorizar o contributo que trazem para o enriquecimento da nossa cultura local.Por fim, gostaria de reforçar o orgulho que temos nas nossas tradições e na nossa cultura. Enquanto Câmara Municipal, continuaremos a promover o folclore, as artes, o desporto e todas as expressões culturais que enobrecem a nossa terra.
Apelo para que tenhamos cuidado com discursos que dividem e que, em vez disso, nos foquemos em construir pontes e soluções para os desafios que enfrentamos como comunidade.”
Recordemos que a polémica se instalou, após um comunicado emitido pela concelhia do Partido CHEGA, sobre a contratação de Nininho Vaz Maia que para além desta polémica, vai custar 35.000€ + IVA à autarquia.