Os deputados Rita Matias e Gabriel Mithá Ribeiro, do partido Chega, visitaram esta segunda-feira, dia 4 de abril, o aterro da Triaza, situado na Quinta da Queijeira, à entrada da vila de Azambuja. Os dois deputados fizeram-se acompanhar de Inês Louro, vereadora do Chega na Câmara de Azambuja, e ainda de dois representantes do Movimento de Oposição ao Aterro de Azambuja (MOAA).
Durante a visita, os dois deputados ficaram a conhecer as queixas da população, numa altura em que o aterro se encontra fechado por ter atingido a sua capacidade máxima, estando atualmente na fase de selagem. No entender de Inês Louro, esta visita serviu “sobretudo para perceber se esta selagem continua a constituir um risco para a saúde pública”, conforme disse ao Correio de Azambuja.
Ainda segundo a autarca, nos últimos anos, foram praticados vários crimes ambientais no aterro, entre os quais o depósito de amianto juntamente com resíduos orgânicos, naquela que é a única célula disponível. Ainda ao nosso jornal, a deputada Rita Matias garantiu que vai levar a questão à Assembleia da República, de forma a encontrar respostas e punir os responsáveis “por este crime ambiental”.
Para já, a CCDR já informou o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, de que foi entretanto dada uma ordem para que o aterro feche portas definitivamente num prazo de 180 dias, ou seja, seis meses. Por enquanto, está marcada uma nova inspeção ao aterro por parte da Câmara de Azambuja, uma vez que em fevereiro não a conseguiu fazer pelo facto de as portas do aterro já se encontrarem encerradas.
Recorde-se que, em fevereiro de 2020, a Câmara de Azambuja não autorizou a abertura de mais células no aterro, o que obrigou a que o lixo fosse despejado na única célula existente. Esta decisão levou à empresa gestora do aterro, a Triaza, a meter a autarquia em tribunal, cujo processo ainda está a decorrer e que tem como visados os membros do anterior executivo: Luís de Sousa, António José Matos, Silvino Lúcio, Sílvia Vítor, Rui Corça, Maria João Canilho e David Mendes.