Numa carta endereçada ao Presidente da República, Primeiro Ministro, Ministra da Saúde e à Diretora-Geral da Saúde, os sete presidentes de junta do concelho de Azambuja contestam o facto de não terem acesso aos dados dos infetados pelo novo coronavírus.

Relembre-se que, e a acrescentar a este cenário, as autarquias foram proibidas de divulgar o número de casos por concelho quando estes são inferiores a três, uma medida que pretende salvaguardar a privacidade dos infetados, mas que tem gerado revolta por parte dos autarcas, que alegam não conseguir realizar de modo eficaz a sua ação no combate e prevenção da pandemia.

“Alteramos todos os procedimentos práticos das nossas juntas de forma a podermos priorizar os trabalhos de desinfeção, apoio aos mais necessitados e afetados com a pandemia”, explicam Inês Louro, António Torrão, Armando Calixto, Mário Parruca, Francisco António Morgado, Carlos Piriquito e José Correia, em conjunto nesta missiva, enviada também às redações dos meios de comunicação locais.

“Precisamos dos dados para duma forma mais eficaz podermos apoiar quem necessita de nós, sem nunca comprometer a confidencialidade e a privacidade de cada um”, é o pedido dos sete autarcas ao Presidente da República, admitindo ainda que, sem esta informação, torna-se “difícil explicar aos fregueses o que na realidade não sabemos”.