O presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Luís de Sousa, esteve reunido esta manhã com o Governo, no sentido de esclarecer as questões relacionadas com os comboios da CP que servem a Linha de Azambuja.
Esta reunião, através de videochamada, vem na sequência do surto de COVID-19 que atingiu 101 funcionários da Avipronto e ainda outros trabalhadores de outras empresas de logística de Azambuja.
Segundo o presidente da autarquia, este surto deveu-se, ao facto de estes trabalhadores se deslocarem até ao Espadanal de Azambuja, em comboios “lotados e como sardinhas em lata”.
A CP já tinha negado esta hipótese, e voltou a fazê-lo na reunião desta quinta-feira, justificando a concentração de pessoas pelo facto de estas se concentrarem numa única carruagem e “haver apenas uma escadaria de acesso à rua, “onde todos os utentes se juntam sem o necessário distanciamento social”, como se pode ler em comunicado.
“Os números pós-Covid apontam para lotações nunca superiores a 20%, mesmo nas horas de ponta, numa média que tem rondado os 12%”, explica a CP, contrariando assim as imagens que remetem para a ideia de que estes comboios da Linha de Azambuja circulem acima da lotação permitida, ou seja, com mais de 2/3 do número de lugares disponíveis.
Sensibilização dos utentes é o próximo passo
Segundo o Governo, o próximo passo a tomar é “promover a pedagogia” junto dos utentes, contando para isso com a colaboração das forças de segurança e dos revisores tanto dentro do comboio, como nas estações.
A ideia é, explica a mesma nota, levar as pessoas a dispersarem-se pelas várias saídas do comboio e não apenas numa e garantindo ao mesmo tempo o acesso à escadaria com as devidas distâncias de segurança, através de um conjunto de sinalética – colocado no apeadeiro do Espadanal -, para sensibilizar as pessoas a não se concentrarem junto às escadas.
Foi ainda recomendado às empresas a dar tolerância aos trabalhadores na hora de picar o ponto, evitando assim eventuais urgências em chegar.
Nesta reunião, esteve presente o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos; o Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e Coordenador da Região de Lisboa e Vale do Tejo para a resposta à Covid-19, Duarte Cordeiro; o Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado; e representantes das principais empresas do concelho.
Imagem: Google/DR