O Executivo da Câmara de Azambuja aprovou o valor da taxa de IMI a ser aplicada em 2022. Este valor vai-se manter em 0,35% para prédios urbanos e 0,80% para prédios rústicos, não havendo uma redução do valor da taxa, ao contrário daquilo que tem vindo a ser feito nos últimos anos.

No entanto, e conforme anunciou o presidente da autarquia, Silvino Lúcio, haverá uma redução da taxa em três freguesias do concelho de Azambuja: Aveiras de Cima; União de Freguesias de Manique do Intendente, Vila Nova de São Pedro e Maçussa; e Alcoentre, localidades que, segundo os últimos Censos, perderam habitantes.

Desta forma, será aplicado um desconto de 2% por cada 1% de população a menos. Assim, em Aveiras de Cima, será aplicado um desconto de 4%; na União de Freguesias, a redução será de 24%; e em Alcoentre, o desconto será de 18% no IMI.

Para o vice-presidente da Câmara de Azambuja, António José Matos, esta é uma medida que visa “combater a desertificação” nestas freguesias, sobretudo no Alto Concelho, mas a medida mereceu várias críticas da oposição, que consideram que esta redução não deve ser aplicada tendo em conta apenas a perda de habitantes.

Segundo o vereador do PSD, Rui Corça, Aveiras de Cima perdeu cerca de 93 pessoas nos últimos dez anos, o que considera um valor residual, o que não justifica esta redução, e deu como exemplo o caso das freguesias de Aveiras de Baixo e Vale do Paraíso, que não são atrativas para quem se quer fixar no concelho, uma vez que dispõem de poucos serviços.

Já a vereadora do Chega, Inês Louro, considera que a medida deveria abranger as zonas onde o valor atribuído aos imóveis é maior, e por isso, onde se acaba por pagar um IMI mais elevado. Para Inês Louro, que deu o caso da freguesia de Azambuja, esta seria uma “forma de incentivo à fixação de novos habitantes”.

Na opinião da vereadora, a medida proposta pela maioria PS/CDU apenas “vem replicar aquilo que o cálculo do IMI já faz, que é definir o valor a pagar consoante o imóvel e o sítio onde ele está inserido”. A proposta foi aprovada por maioria e vai ser discutida na próxima sessão da Assembleia Municipal, marcada para o dia 28 de dezembro.