Na sequência da visita a Azambuja realizada na passada segunda-feira pelos Deputados do PSD na Assembleia da República Filipa Roseta, Carlos Silva e Sandra Pereira, foram propostas pelo PSD e aprovadas ontem a audição, na Assembleia da República, dos vários intervenientes no processo de licenciamento e funcionamento do aterro de Azambuja.

Como explica o PSD em comunicado de imprensa, a Comissão de Ambiente da Assembleia da República vai ouvir, em breve, as explicações de Luís de Sousa, Presidente da Câmara Municipal; da CCDR; da Agência Portuguesa do Ambiente (APA); da Comissão Técnica do Amianto e também representantes do Movimento de Oposição ao Aterro de Azambuja (MOAA).

Esta iniciativa é o resultado das visitas e reuniões ocorridas na passada segunda-feira, onde os deputados do PSD puderam “verificar no local a montanha de lixo que cresce em Azambuja, bem como o cheiro nauseabundo que se sente em resultado do depósito de resíduos orgânicos”.

Neste encontro, estiveram também presentes o Presidente da Distrital de Lisboa do PSD, Ângelo Pereira, o vereador do PSD na Câmara Municipal de Azambuja, Rui Corça, e vários eleitos do PSD da Assembleia de Freguesia e da Assembleia Municipal.

Este grupo esteve reunido com o presidente da autarquia, Luís de Sousa, que os informou das “razões da recente mudança de posição face à lixeira da Triaza e do pouco que a Câmara fez até agora no sentido de concretizar o compromisso de resolver o problema que criou”.

Já na reunião com a Comissão Coordenadora do MOAA, os representantes do PSD puderam ouvir as queixas da população, bem como ficar a par das “falhas de fiscalização das entidades responsáveis e das alegadas irregularidades cometidas no processo de licenciamento”, lê-se na mesma missiva.

Para o partido, que tem vindo a reivindicar o fecho da lixeira desde 2008, este é mais “um passo importante” nesta luta.

De salientar ainda que esta delegação visitou ainda mais duas situações que, segundo o partido, “indiciam crimes ambientais”. São elas o depósito ilegal de lixos, nomeadamente de amianto, em Vila Nova da Rainha e os despejos de esgotos urbanos e de suiniculturas na ribeira do Valverde.

Para os deputados dos PSD, estas situações são demonstrativas de que as questões do ambiente que têm sido votadas pelo executivo têm sido “abandonadas”, mas também de uma “falha geral da política
dos organismos do estado central”.