No âmbito do programa ‘Artéria’, que está a decorrer até outubro de 2022, na próxima sexta-feira, dia 9, às 20h30, há teatro de rua e música pop rock, às 21h30, em Azambuja. No dia a seguir, sábado, dia 10, às 10h30 e às 22h00, há teatro e música do mundo, respetivamente, em Aveiras de Cima; e no domingo, dia 11, às 17h00, há música de rua em Azambuja.

A programação de sexta-feira terá lugar no Jardim Urbano Dr. Joaquim A. Ramos, em Azambuja e vai trazer a peça “Onirotoptero”, que será dinamizado pela Trupe Fandanga. Este é um espetáculo de marionetas produzido por Trupe Fandanga “na linha do teatro de Lambe-Lambe”, apresentado para apenas uma ou duas pessoas de cada vez durante aproximadamente sete minutos. O cenário é uma caixa ambulante que pode estar em qualquer espaço, sendo que os espectadores são convidados a sentar se em pequenos bancos com auscultadores, intimamente ligados à performance e ao marionetista, numa obra sem palavras e dedicada a todos os públicos.

A Trupe Fandanga nasceu no Porto em 2014 e fez a sua primeira apresentação no Festival de Marionetas do Porto com o “Botequim”. Pretende ser um espaço de pesquisa na construção e manipulação de marionetas e objetos, e ainda trabalhar a marioneta fora do espaço convencional de representação e tem especial carinho por espetáculos intimistas e de pequena escala.

Ainda no mesmo dia, pelas 21h30, terá lugar um espetáculo de música Pop-Rock, denominado “Tertúlia da Música” e protagonizado pela Escola de Música de Azambuja. Será um concerto com os jovens dos seis aos 17 anos de idade da Escola de Música de Azambuja, que irão apresentar um reportório variado desde o piano clássico, passando por standards de jazz até ao pop atual.

Já no sábado, a “Artéria” chegará a Aveiras de Cima, com dois espetáculos. O primeiro é a performance “Trans(H)umância”, pela companhia Kopinxas, às 10h30, no Mercado Diário, que é ancorada num conceito de constante procura, é um cruzamento metafórico entre as singularidades do homem e de um rebanho. Entende-se por transumância o deslocamento sazonal dos rebanhos para locais que oferecem melhores condições durante determinada parte do ano.

O grupo Kopinxas também nos apresenta um pastor e um rebanho. Os transumantes são personagens de executivo, a imagem estereotipada do indivíduo que usa fato preto e mala executiva. O pastoreio é orientado e maestrado pela personagem de um pastor (imagem tradicional de um pastor). A performance é no seu todo um jogo simbólico que deixa em aberto diferentes leituras do mesmo objeto, as imagens criadas transportam facilmente para um universo contrastante entre o mundo rural e o mundo urbano ou para o capitalismo como forma de transumância.

Pelas 22h00, o Largo da República recebe o projeto de música do mundo liderado por Pierre Aderne, a “Rua das Pretas”. Este é um projeto criado pelo músico, e que junta amigos, vinho, fado e bossa nova e que já é mundialmente conhecido. Subiu ao palco do Coliseu de Lisboa algumas vezes, já foi programa de televisão e apresenta-se, agora, em terra de vinhos. Nesta “Rua das Pretas”, músicos de várias geografias juntam-se para tocar e dar voz a clássicos e originais onde as memórias se cruzam com os diversos ritmos e melodias.

No dia 11, domingo, vai ouvir-se no Posto de Turismo de Azambuja, a partir das 17h00, uma combinação de vozes e instrumentos que saem à rua, intitulada “Arruar”, um projeto de envolvimento comunitário, com a finalidade de criar um repertório original, fruto de um processo de criação coletiva, com o objetivo de juntar diferentes personalidades e identidades, numa celebração conjunta de fusão de memórias com manifestações da atualidade. “Arruar” consiste numa arruada composta por diferentes associações, coletividades e filarmónicas, tendo por base uma narrativa cénica que reflete um ato de união expressivo e sonoro.

O espetáculo de Teatro de Rua “Onirotoptero” (dia 9), o concerto “Rua das Pretas” (dia 10) e o espetáculo “Arruar” (dia 11), além de inseridos na programação “Artéria” – Artes ao Vivo, chegam ao concelho de Azambuja no âmbito do projeto “Programação em Rede”, promovido pela Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, e que tem financiamento dos fundos Alentejo 2020, Portugal 2020 e da União Europeia.

Já o programa “Artéria” – Artes ao Vivo, tem como objetivo promover a Arte, de uma forma geral, um pouco por todo o concelho, através de uma programação diversificada, onde se poderá apreciar música, teatro, dança, literatura e fotografia. Todas as iniciativas desta programação são de entrada gratuita, sendo que não se efetuam reservas para estes eventos e o público ocupará os lugares disponíveis, por ordem de chegada.