A nova direção da Filarmónica Recreativa de Aveiras de Cima (FRAC) já tomou posse e um dos objetivos é transformar e trazer mais dinamismo para aquela coletividade. A nova direção da FRAC tem 11 elementos e é liderada por Ricardo Torres, que se candidatou ao cargo de presidente pela primeira vez.
No entanto, a sua lista foi a única a concorrer e ganhou por maioria, com um voto em branco. “Não foi difícil arranjar pessoas para a lista, fiz os contactos pessoalmente, e todos concordaram com o projeto e aceitaram o convite”, conta o novo presidente da Filarmónica, que no passado já tinha sido vice-presidente da instituição.
Sobre os motivos que levaram à sua candidatura enquanto presidente da instituição, Ricardo conta ao Correio de Azambuja que o motivo foi “dar continuidade a este projeto, e evitar que a Filarmónica feche as portas”. Já em relação aos objetivos para o novo mandato, que termina em 2024, um deles é aumentar o número de elementos da banda, e também o grupo de cantares. Ao mesmo tempo, a Filarmónica de Aveiras quer também regularizar as quotas e a criar mais iniciativas para captar novos sócios, sendo uma delas o projeto ‘Música no Largo’.
Paralelamente, “estamos a criar um conjunto de parcerias com empresas locais, com oferta de descontos, para incentivar os sócios a vir, porque não queremos que as pessoas paguem as quotas por pena, queremos que os sócios sintam que estão a pagar por algo”, acrescenta o vice-presidente da FRAC, Pedro Canteiro, ao nosso jornal.
Ao mesmo tempo, a nova direção quer fazer da sede da Filarmónica um espaço de convívio. “Queremos que seja um espaço onde, depois dos ensaios, ficamos aqui mais um bocado a conversar, a conviver, a beber um copo”, acrescenta Pedro, que para além da vice-presidência da instituição, é também músico na banda, onde toca trompete.
Para além do convívio e das atividades, a nova direção da FRAC quer também desenvolver projetos em parceria com as escolas do concelho. Para o ano, a instituição celebra 150 anos, e está também em cima da mesa a realização de obras na sede, para a tornar mais acessível para as pessoas de mobilidade reduzida.
“As pessoas deram-nos muita força, os músicos também nos deram uma energia enorme por aquilo que estamos a criar. Acho que a nova direção está a transmitir muita confiança às pessoas”, acrescenta Ricardo Torres, que entrou na Filarmónica em 1991. No entanto, este percurso foi interrompido, “por motivos pessoais e profissionais”, sendo que Ricardo regressou à FRAC há cerca de três anos, após um apelo da anterior presidente.
Para além de Ricardo Torres e Pedro Canteiro, a nova direção é ainda constituída pelas primeira e segunda secretárias Daniela Ferreira e Susana Santos, respetivamente. Fernando Dias é o tesoureiro e Isabel Martins, Nelson Lúcio, Sónia Gaspar, Catarina Carvalho, Nuno Mourato e Vânia Freitas, são os vogais. Já a Assembleia Geral é liderada por Norberto Oliveira de Sousa e o Conselho Fiscal por José Manuel Pratas, que é também presidente da Casa do Povo de Aveiras de Cima.
A Filarmónica de Aveiras de Cima tem neste momento 350 sócios, e tem cerca de 10 atividades, sendo elas a banda, a escola de música, o grupo de cantares, a bandinha juvenil e a orquestra de jazz. Para além das atividades relacionadas com a música, a FRAC oferece ainda atividades como o ioga, o pilates, o Zumba, o teatro e as danças de salão. A banda principal tem cerca de 50 membros e ensaia todas as semanas. Agora, preparam-se para o Concerto da Primavera, marcado para este sábado, dia 26 de março, na Casa do Povo de Aveiras de Cima, e que marca o primeiro concerto após a pandemia.