Foi conhecido ontem o caso de um surto provocado pela COVID-19 na Avipronto em Casais de Baixo, Azambuja, onde 36 pessoas testaram positivo para o novo coronavirus. Os restantes funcionários – num total de 200 – serão testados na próxima 2a feira.

A notícia caiu que nem uma bomba na população de Azambuja, que acusa a empresa de ter escondido esta informação até ao momento e de não cumprir com as normas de segurança. Muitos até criticam a postura da Avipronto, que se recusou a fechar as portas com um número tão elevado de casos.

No entanto, e segundo o nosso jornal apurou de fonte segura, há muito tempo que a empresa já tinha obrigado o uso de máscara de protecção, lava-pés, tendo até contratado um funcionário extra para proceder à desinfecção de portas, lavabos e outro material comunitário.

Mais, a empresa ampliou a zona de refeições para garantir o distanciamento entre funcionários. Segundo apurámos, por toda a fábrica foram colocados avisos em todas as línguas. Mesmo assim… o vírus entrou.

Aliás , segundo Luís de Sousa, presidente da autarquia, a Avipronto “cumpre com todas as normas de segurança” e sabe-se também que a loja de venda ao público já tinha sido encerrada anteriormente.

A fábrica foi mesmo encerrada ao início deste sábado por pressão do presidente da Câmara Municipal, abrindo quando todos os funcionários tiverem sido testados.

Durante a tarde de ontem, seis funcionários da empresa avícola entraram em quarentena, ficando numa casa “paga pela Avipronto”. Há ainda um sétimo trabalhador – que reside com os restantes e que testou negativo -, que vai ficar isolado em instalações da Câmara, que lhe irá entregar, diariamente, comida confeccionada.

Até ao momento, o concelho de Azambuja conta com 11 casos confirmados de coronavirus, não relacionados com os casos detetados ontem na Avipronto. Contudo, sabe-se que alguns funcionários deste grupo pertencem ao concelho. Não se confirma de todo a notícia avançada nalgumas redes sociais que a empresa estivesse a convocar trabalhadores para este domingo.

Por outro lado, estão a surgir relatos que há outras empresas, na área da logística, em Azambuja, que já têm casos confirmados.