Decorreu no passado dia 8, o ‘Dia da Rádio’ promovido pela Universidade da Terceira Idade do Concelho de Azambuja (UTICA) e pelo nosso jornal.
O convidado foi Carlos Ribeiro, locutor e apresentador que conta com vários programas de sucesso em 40 anos de carreira, e que levou até ao salão nobre dos Paços do Concelho muitos interessados em ouvir as suas memórias.
Antes da conferência, Carlos Ribeiro teve ainda a oportunidade de conhecer a ‘Casa das Notícias’, isto é, as instalações do Correio de Azambuja e da Rádio Ribatejo, situadas no Mercado Diário de Aveiras de Cima.
Entrevistado por Paulo Ferreira de Melo, jornalista e diretor do Correio de Azambuja, Carlos Ribeiro começou por contar como se iniciou na arte radiofónica, em 1970, na Rádio Clube do Bié, em Angola.
“Eu dizia sempre que tinha duas paixões e a minha mulher pensava que ela era uma delas, mas não. As paixões eram a rádio e a televisão”, contou o locutor, atualmente reformado, à plateia da UTICA, que o escutou atentamente durante uma hora de conversa.
Ao longo da mesma, Carlos abordou ainda a passagem para a Rádio Renascença, em 1976, onde começou como uma espécie de ‘moço de recados’, responsável por levar os discos e o material necessário aos que estavam à frente da emissão radiofónica.
Foi então aqui neste momento que se iniciou uma comparação entre a rádio do antigamente e a rádio atual, que pode ser ouvida através de um simples telemóvel, com Paulo Ferreira de Melo a dar o exemplo da atual Rádio Ribatejo, agora em versão web e que pode ser encontrada através da aplicação TuneIn.
Foi aqui neste cruzamento entre a rádio do antigamente e a rádio atual, que muitos dos que assistiam fizeram uma viagem no tempo até à época da juventude, recordando os momentos passados ao lado da telefonia para ouvir as radionovelas.
Mais tarde, a partir de 1978, é a vez de Carlos migrar para a televisão, desta feita para a RTP2, para a primeira equipa do ‘Jornalinho’, onde trabalhou com nomes como Joaquim Furtado (o pai da conhecida apresentadora Catarina Furtado), Margarida Marante e António Peres Metelo.
Depois desta experiência, passou para o ‘Bom Dia Portugal’, liderado por Raúl Durão. Nos anos 90, entra no mundo do entretenimento e ganha o estatuto de ‘pai da música pimba’, com o programa ‘Made In Portugal’, na RTP, que levava o melhor da música portuguesa (pimba mas não só) ao público, numa era onde não havia redes sociais e onde a Internet ainda era muito pouco acessível.
No final, o locutor e apresentador assinou o cartaz da sessão, como recordação da sua passagem por Azambuja.
Imagem: Rute Fidalgo/Correio de Azambuja