A Câmara Municipal de Azambuja reuniu ao início da manhã de hoje, numa sessão extraordinária, que tinha como pano de fundo, a composição de uma entidade externa ao Município e que deve acompanhar o contrato, e a execução do mesmo, referente à concessão das águas do concelho a uma empresa privada. Antes do debate que se seguiu, as Sete Freguesias de Azambuja viram aprovados os seus protocolos de delegação de competências. Neste documento estão inscritos os montantes a receber pelo trabalho das Freguesias nas suas novas tarefas. Um documento, obrigatório por lei, e que deveria estar aprovado e em actividade desde Abril. Apesar do atraso, o consenso com os autarcas do município foi conseguido, e os novos protocolos seguem em frente. Em caminho contrário, o tema “Aguas de Azambuja” ainda dá muito que falar. A Comissão de Acompanhamento ao negócio ainda não foi criada, sendo aliás a proposta retirada. Este novo órgão deveria estar constituído desde 2012, arrastando-se o processo de escolha dos intervenientes. Em cima da mesa críticas pela escolha do nome de Rui Cunha Marques, professor no Instituto Superior Técnico, e que balizou a concessão das águas do concelho. Este, era proposto como Presidente desta nova Comissão. A autarquia, que indicou como seu representante, o advogado Jorge de Faria Lopes, nome também merecedor de diversos reparos. Este advogado faz parte da equipa do escritório de Manuel Rodrigues, que defendeu já a empresa “Águas de Azambuja”. A oposição camarária, e o próprio público não entendem porque não se convida alguém residente no concelho, e que tenha toda a liberdade para se movimentar em todo este processo. Ficou assim no ar, que estão a ser sim tidos em conta os interesses da empresa privada que gere a rede de Águas. A proposta acabou por não ser votada, devido a alguns problemas na formulação da mesma. Da discussão, fica ainda a possibilidade de em breve se assistir a um novo aumento substancial da Factura Mensal da Água, com especial incidência nas taxas a pagamento. Situação que Luís de Sousa criticou, afirmando que não vai “defender um novo aumento das tarifas”. A proposta para a composição da Comissão de Acompanhamento deve ser, dentro em breve, levada a nova reunião camarária.

Rúben Mateus – 2014