Os funcionários dos armazéns da Worten, no Espadanal da Azambuja, estão, esta sexta-feira, dia 3 de junho, em greve. Em causa está o aumento de salários, e a valorização das carreiras profissionais. De acordo com Ricardo Mendes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), ao Correio de Azambuja, até às 10h00, aderiram à greve cerca de “70% dos funcionários” da empresa.
No entanto, o sindicalista acrescenta que este valor apenas “diz respeito aos funcionários dos quadros da empresa, e que trabalham na Worten há cerca de 10, 15 anos”. Ricardo Mendes explica ainda que esta é a segunda greve realizada pelos trabalhadores da Worten este ano, sendo que a primeira foi no passado dia 6 de maio, e que “não despoletou nenhuma reação por parte da empresa”.
Os trabalhadores da Worten exigem um aumento de 90 euros no salário de todos os trabalhadores, o aumento de um euro por dia no subsídio de alimentação, e ainda o final do banco de horas, a desregulação dos horários de trabalho, e ainda a valorização das carreiras, uma vez que, de acordo com o CESP, “um funcionário que trabalhe aqui há 10 anos ganha o mesmo do que um funcionário que entra agora, e muitas vezes, os trabalhadores que entram pelas empresas de trabalho temporário acabam por ganhar mais do que os funcionários dos quadros”.
Esta greve terá a duração de 24h, e abrange os trabalhadores de todas as secções da Worten, que, de acordo com o sindicato, “beneficiou muito com a pandemia e registou até um aumento do volume de trabalho”. O CESP fala ainda num “descontentamento” dos trabalhadores, que vêm de sítios como Santarém, Vila Franca de Xira, ou Sintra, e que têm de gastar, todos os meses, “cerca de 200 euros em combustível”.