Os médicos afetos à Santa Casa da Misericórdia de Azambuja recusaram os convites da Câmara Municipal para exercer funções nos centros de saúde do concelho. A informação foi partilhada pelo presidente da autarquia, Silvino Lúcio, durante a última Assembleia Municipal, que se realizou esta quarta-feira, dia 30 de março.
Recorde-se que esta foi uma solução pensada pelo executivo para atenuar o problema da falta de médicos que se faz sentir no concelho de Azambuja, uma vez que, nos dois últimos concursos nacionais, nenhum médico escolheu o Azambuja para vir trabalhar.
Para já, continuam em aberto as cinco vagas disponíveis para Azambuja. Nos últimos tempos, alguns profissionais reformaram-se ou pediram mobilidade, como por exemplo o coordenador do Centro de Saúde de Azambuja, Mário Esteves.
Atualmente, está em consulta pública um regulamento de apoio à fixação de médicos no concelho, e que prevê alguns benefícios e vantagens para os profissionais que venham trabalhar para Azambuja, tais como isenção nas piscinas municipais, no acesso a espetáculos culturais e nas taxas relativas à construção, beneficiação e ampliação de casa para habitação própria.
O documento refere ainda que os médicos que venham para Azambuja terão direito a viatura de serviço, com combustível e seguro pago, e também um subsídio de 400 euros por mês para o arrendamento ou aquisição de casa.