O Correio de Azambuja esteve de visita à Cerci Flôr da Vida, onde se trabalha para que o ano de 2022, seja um ano em que o futuro seja relançado.

A Cerci Flôr da Vida está a começar mais um ano e 2022 apresenta-se muito desafiador, no entender do presidente da direção em exercício, o Professor José Manuel Franco. Está assim na hora de falar sobre estratégias para a instituição, relembrando que alguns meses depois da eleição, se entrou em fase aguda de pandemia.

“Foram momentos muito difíceis em todos os aspetos, tomamos posse em fevereiro de 2020, mas a 16 de Março, já nos encontrávamos em plena fase de emergência”, diz José Manuel Franco. [Esses tempos] não foram nada fáceis, devido à situação económico-financeira anterior, depois a própria pandemia que nos obrigou a um esforço suplementar e, em terceiro lugar, fomos assolados por uma providência cautelar da lista oponente que se arrastou durante muito tempo, e limitou as nossas ações. Foi, portanto um período de dois anos muito díficil”, recorda o diretor da instituição.

No entanto, realça, “foi possível resolver os problemas já que, os problemas que se resolvem financeiramente, não são verdadeiramente problemas, em boa verdade foram um grande desafio. E hoje, posso dizer, ainda bem que cá ficámos, porque modéstia à parte tivemos condições para estudar muito e em colaboração com várias instituições, conseguimos ser bem sucedidos aos níveis local e nacional”.

Durante a pandemia, a Cerci teve “duas situações de hospitalização com sucesso, e nisso temos de realçar o esforço dos colaboradores, médicos e enfermeiros. Conseguimos estabilizar a instituição e avançar”, acrescenta José Manuel Franco.

Portanto, no entender do dirigente, estes últimos 18 meses foram de vestir um “fato de bombeiro” e arregaçar as mangas e, agora, depois da tempestade, “estamos em fase de algumas alterações orgânicas que visam uma maior
valorização dos colaboradores. Ao nível da gestão intermédia procuramos eficiência”.

Neste novo ano de 2022, há projetos que a Cerci vai divulgar muito em breve e que vão tornar melhor a sua resposta social e diferenciada. “Queremos preencher espaços que nos pertencem na área da saúde, vamos ter um Estabelecimento para Pessoas Idosas (ERPI), mas não destinada a utentes das outras instituições, mas sim para utentes com necessidades especiais e profundas. É um projeto necessário na área da Saúde, e na área da deficiência e da incapacidade.

Para tal, pretendemos dar resposta a essa faixa, que não tem respostas na zona e na região. O local escolhido foi a Quinta das Rosas, em Azambuja, onde já se encontram em tratamento e licenciamento todos os procedimentos preliminares e legais, com vista às necessárias obras de construção”.

É de lembrar que a Cerci – Flor da Vida tem mais de 400 utentes, 90 funcionários e fornecedores, que nos últimos anos se aperceberam das medidas que vão sendo tomadas, e que visam o bem-estar dos utentes. Com um orçamento de cerca de dois milhões de euros brutos, dos quais 1,5 milhões são dedicados a salários, José Manuel Franco está confiante que a comunidade vai reconhecer ainda mais o papel da Cerci.

Reportagem publicada na edição de janeiro do Correio de Azambuja, já disponível no comércio local.

Reportagem e fotos: Paulo Ferreira de Melo