Lourença Simões é a nova diretora do Agrupamento de Escolas Vale Aveiras, tendo sido eleita no final de agosto. Em entrevista ao Correio de Azambuja, a docente partilhou os seus objetivos para os próximos quatro anos, pondo sempre os alunos “em primeiro lugar”. Por isso, o principal objetivo é transformar a escola num sítio onde eles se sintam bem, e para isso, a nova direção está a trabalhar em novos projetos, os quais pretendem unir os alunos à comunidade, tais como iniciativas ligadas ao empreendedorismo ou à cidadania, por exemplo.

A diretora, que nos últimos três anos esteve a dar aulas na EB1 de Vale do Paraíso, é da opinião que atualmente, “existem muitos concorrentes da escola”, o que aumenta o desinteresse dos alunos pela mesma, e por isso, outro dos objetivos passa por transformar a forma como ela é vista pelos alunos, criando ao mesmo tempo aquilo que é um agrupamento de referência. Para além dos projetos que estão a ser pensados, o Agrupamento Vale Aveiras quer continuar a investir nas atividades extracurriculares, que passam pelos ateliers de rádio, fotografia, artes, música, robótica e teatro, adianta Lourença Simões, que adotou o lema ‘Juntos, Construímos a Escola’.

A frase, explica, foi escolhido por acreditar que a escola só se faz em conjunto, e “se estivermos todos juntos a trabalhar para o mesmo”. Para isso, Lourença Simões quer também criar ligações com os encarregados de educação, “até porque há aquela ideia de que a escola é uma coisa e a família é outra”.

Confinamento prejudicou a aprendizagem dos alunos

De acordo com a docente, o confinamento fez com que os alunos perdessem conteúdos, e por isso, o ano letivo que agora começou, vai ainda ter em conta a recuperação da matéria dos anos anteriores. Foi esta preocupação que levou à semestralização de algumas disciplinas no segundo e terceiro ciclos, assim como à criação de um grupo de apoio constituído por professores e que está disponível para apoiar os alunos sempre que eles tiverem dúvidas sobre alguma disciplina.

No entanto, e para além da parte académica, a diretora considera ainda que a pandemia também veio mexer com a socialização dos jovens, e por isso, neste novo ano letivo, apesar de algumas regras de distanciamento social se manterem, como por exemplo o desfasamento de horários, o agrupamento reformulou o seu plano de contingência, para que os alunos já não precisem de estar “fechados numa bolha”, acrescenta.